segunda-feira, 27 de julho de 2009

.::Amadores descobrem galáxias “Ervilhas”::.

Astrônomos de quintal ajudaram a descobrir um grupo de minúsculas galáxias que podem ajudar astrônomos profissionais a entenderem como as galáxias formaram estrelas no Universo jovem.

As galáxias “Ervilhas” se destacam comparadas às galáxias mais comums, tais como a do canto inferior direito.

Chamadas de “Ervilhas,” as galáxias estão formando estrelas 10 vezes mais rápido que a Via Láctea, embora sejam 10 vezes menores e 100 vezes menos massivas. Elas estão à uma distância entre 1,5 e 5 bilhões de anos-luz.

“Essas estão entre as galáxias de maior atividade de formação de estrelas que nós já encontramos,” diz Carolin Cardamone, autora principal de um artigo sobre as descobertas, que irá ser publicado na próxima edição de “Avisos Mensais da Sociedade Astronômica Real” (Monthly Notices of the Royal Astronomical Society).

As descobertas foram feitas sendo parte de um projeto chamado Galaxy Zoo, onde voluntários da internet ajudam a classificar galáxias de um banco de dados de imagens online.

Rumores de uma descoberta em potencial começaram quando um grupo de voluntários que chamavam a si mesmos de “Brigada das Ervilhas” começaram uma discussão em um fórum online sobre um grupo de estranhos objetos verdes. O tópico original no fórum se chamava “Deem uma chance ás ervilhas.”

Os voluntários – a maioria dos quais não tinha experiência em astronomia – foram solicitados à refinarem os exemplos de imagens deles e enviá-las para um laboratório para análise de cor. Logo que as descobertas foram verificadas, pesquisadores analisaram a luz emanando das galáxias para determinar o grau de formação de estrelas dentro delas.

“Nenhuma pessoa poderia ter feito isso sozinha,” diz Cardamone. “Mesmo que tivéssemos olhado para 10.000 dessas imagens, nós somente encontraríamos algumas Ervilhas, e não teríamos reconhecido elas como uma classe única de galáxias”.

De um milhão de galáxias que estão no banco de dados, os pesquisadores encontraram apenas 250 Ervilhas.

“Essas galáxias seriam normais no Universo jovem, mas nós não vemos galáxias tão ativas hoje,” diz Kevin Schawinski, co-fundador do Galaxy Zoo. “Entender as Ervilhas pode nos dizer algo sobre como as estrelas se formaram no Universo jovem e como as galáxias evoluem.”

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